“Ele é e não é, não existe em sua existência, nem inexiste em sua inexistência,

Mostra-se indiferente aos adoradores inconscientes do cubo Negro e, ainda assim, progride e se auto-realiza através de sua inefável não-ação.

O que, em seu não-nome, foi reduzido a cinzas ou enterrado por dois milênios, há de florescer, pois o amor incondicional triunfará sobre a ignorância ativa,

Ele fragmenta a cronologia e incita o não-terror, esta frase ficará sem um fim, pois a plena compreensão de sua essência não daria-se por entendido em um paradoxo linear”.

A arte abstrata emerge como uma via para transcender a materialidade e explorar os conceitos metafísicos universais. Por meio de formas e cores essencialmente simbólicas, busca-se provocar reflexões profundas, desconectadas de interpretações literais, permitindo que cada observador encontre significados que ressoem com sua própria experiência de mundo.

O propósito destas obras é promover uma visão que integre a ética humana, a fraternidade entre os seres e a busca pela Unidade universal. Em um mundo fragmentado, elas convidam à reconexão com valores essenciais, fundamentais para sustentar a harmonia e a evolução coletiva.

As obras refletem elementos simples e de leitura objetiva, baseados no abstracionismo e no suprematismo. Esses movimentos artísticos, fundados na simplicidade das formas, revelam uma profundidade enraizada em conhecimentos teosóficos, esotéricos e simbólicos.

Por meio da introspecção intuitiva, ocorre o desdobramento metafísico e em síntese abstrata de ensinamentos provenientes de tradições religiosas e filosóficas. Esse processo revela a harmonia, a dualidade e a interconexão entre matéria e espírito. O propósito das obras e das chaves interpretativas aqui apresentadas é guiar o observador para além das formas, através da metafísica e de conhecimentos universais.

“Quem estima grandemente a vida, nada sabe da vida, por isso tem vida

Quem menospreza a vida, procura perder a vida, por isso não tem vida

A pré-ciência nada mais é do que a aparência do TAO e o começo da loucura

Por isso quem tem vida cumpre o seu dever, quem não tem vida agarra-se ao seu direito”

- LAO TZU -